Esta atividade não é uma aula ou um seminário expositivo. Trata-se de uma vivência emocional da clínica psicanalítica.O material de trabalho será uma sessão inteira, sem anamnese, de um caso anônimo e de um colega anônimo. Nem os participantes, nem mesmo eu, enquanto mediadora, terei acesso prévio ao material. Conto com a curadoria de uma colega, que garante que não haja exposição de dados que permitam identificar o terapeuta ou o paciente. Algumas alterações podem ser feitas na sessão para preservar o anonimato — e isso não representa problema, já que o foco é a vivência clínica e não a exposição fiel do caso. O objetivo do nosso trabalho em psicoterapia psicanalítica é que o paciente possa ter uma vida mais fluida, capaz de enfrentar as dificuldades e se relacionar de forma mais plena. A psicanálise se funda na relação: na dupla analítica (psicoterapeuta e paciente). É através da forma como o paciente se relaciona conosco em sessão que podemos compreender — e vivenciar junto com ele, no aqui-agora — o funcionamento de seu psiquismo, seu mundo interno, a maneira como lida com o ambiente e como constrói suas experiências.Gosto de uma imagem que uma colega utiliza: nosso trabalho é o de “ir expandindo as paredes psíquicas”. Os sentimentos e imaginações precisam caber dentro de nós, sem que fiquemos enrijecidos ou excessivamente desorganizados. E qual é o nosso principal instrumento para isso? A intuição. Mas não qualquer intuição — trata-se de uma intuição psicanaliticamente treinada. Ela se desenvolve pelo estudo, pela análise pessoal e pela supervisão*. Esse é o tripé fundamental da formação em psicanálise. E podemos acrescentar ainda uma quarta base: o estudo em grupo e a troca entre colegas, como a que viveremos neste exercício clínico.Na prática, vamos trabalhar a partir da sessão, imaginando-nos no lugar do psicoterapeuta daquela dupla. Vamos levantar conjecturas imaginativas sobre o funcionamento psíquico do paciente a partir daquilo que se passa em nossa mente: sentimentos, lembranças, fantasias, sensações. Esse é o nosso leme, a nossa bússola clínica. Ao longo do encontro, farei a leitura da sessão (sem acesso prévio ao material, tal como numa sessão real). A partir da intuição treinada, vamos conjecturar e refletir juntos. Meu papel será costurar essa experiência com a teoria e a técnica psicanalítica. Durante toda a atividade, vocês poderão pedir a palavra para compartilhar, e em alguns momentos eu mesma vou pausar a leitura para convidá-los a participar.

Apresentação da Atividade

Como Participar

Durante a atividade, a proposta é vivenciar como a dupla analítica (psicoterapeuta–paciente) se constrói, levantando conjecturas e refletindo a partir do que nos atravessa. Trata-se de uma experiência de clínica viva, em que cada participante pode se reconhecer e se implicar.


Os encontros acontecem em formato online e síncrono, são encontros únicos e as vagas são limitadas. A data de cada exercício clínico é sugerida pelas mediadoras e divulgada pelos nossos canais de comunicação ou a partir de demanda de colegas. Após a inscrição e pagamento, o link para a reunião é enviado através de mensagem no WhatsApp e e-mail, alguns dias antes do encontro. A plataforma utilizada é Google Meet.


Público-alvo: psicoterapeutas de orientação psicanalítica e estudantes das graduações de Psicologia e Medicina.

Próxima data: a confirmar

R$ 130,00

à vista

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