ALICIA BEATRIZ DOURADO DE LISONDO
Promover um diálogo vivo com profissionais (psicólogos, psicopedagogos, pedagogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, médicos, entre outros) e contribuir para o desenvolvimento da abordagem psicanalítica dos transtornos autísticos e dos estados primitivos da mente, acreditando ser possível, nesta interface clínica/ pesquisa, demonstrar à comunidade a efetividade do tratamento psicanalítico para promover mudanças psíquicas.
Nas últimas décadas, a psicanálise com pacientes pertencentes ao espectro do autismo sofreu grandes transformações. Sempre mantendo os pilares da teoria e da técnica psicanalítica, buscaram-se subsídios nas áreas vizinhas do conhecimento (como a neurociência e a psicologia do desenvolvimento), a fim de ampliar tanto a compreensão dos fenômenos autísticos quanto o poder terapêutico. Entretanto, tais mudanças não foram ainda assimiladas pela comunidade científica em geral, havendo grande desconhecimento das tendências mais modernas da psicanálise com os transtornos do espectro do autismo (TEAS), que não se limita a procurar as raízes do trauma ou a interpretar conflitos, mas dá extrema importância a promover novas oportunidades para a criança encontrar o companheiro humano, expandindo sua tolerância à alteridade, na contramão da tendência da criança com autismo de trocar o humano e sua imprevisibilidade pelo inanimado completamente previsível.
Como reação aos movimentos antipsicanálise na França e na política pública brasileira em 2011 e 2012, formou-se o Movimento Psicanálise, Autismo e Saúde Pública (MPASP), congregando instituições de todo o Brasil na luta pelas práticas psicanalíticas na rede de saúde brasileira. A Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) uniu-se a esse movimento e tem organizado atividades para difundir as práticas psicanalíticas nos âmbitos clínico e teórico das patologias graves na infância.
Em 2016, durante o congresso da Federação Psicanalítica da América Latina (Fepal), foi publicada a Declaração de Cartagena, idealizada por Victor Guerra, que ratifica a importância do tratamento psicanalítico de crianças com autismo.
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Na SBPSP, desde 2005, grupos de estudos sobre os TEAS, coordenados por Paulo Duarte, Izelinda Barros e Vera Regina Fonseca, vêm congregando vários colegas interessados no tema.
A partir desses grupos formou-se o Grupo Prisma de Psicanálise e Autismo (GPPΔ) (...)
REFERÊNCIA:LISONDO, Alicia Beatriz Dorado de et al . Sinais de mudança em autismo: prisma, um instrumento de pesquisa. Rev. bras. psicanál, São Paulo , v. 51, n. 4, p. 225-244, dez. 2017 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2017000400015&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 01 nov. 2022.
Analista didata e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de Campinas | SBPCamp e da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo | SBPSP
Filiada à International Psychoanalytic Associativo, Vice Presidente da ALOBB - Associação Latino-americana de Observação de Bebês - Método Esther Bick e participante do GPPA - Procolo Prisma
Neste encontro, Alicia Lisondo apresentará o Protocolo de Investigação Psicanalítica de Sinais de Mudança em Autismo, o PRISMA, elaborado a partir de um projeto de pesquisa, subsidiado inicialmente pela Associação Psicanalítica Internacional – IPA, que busca mapear o desenvolvimento emocional de crianças com transtornos autísticos e sua evolução no tratamento psicanalítico, a partir das seguintes categorias: Senso de Interesse por Pessoas e Objetos, Interação Compartilhada, Integração Sensorial, Constituição do Espaço Interno, Capacidade Simbólica e Campo Transferencial.
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